Design Biofílico

Design Biofílico: o que é e como a tendência vai influenciar seus projetos

O Design Biofílico é uma técnica que incorpora a natureza em projetos arquitetônicos. O principal objetivo é aproximar a natureza do ser humano.

A ideia é conectar dois mundos e de criar espaços que melhorem o bem-estar físico e mental das pessoas que os utilizam.

Por disso, o Design Biofílico não se limita a inserir peças naturais em um local construído. Seu propósito é trazer a natureza para s ambientes de forma consciente e harmônica, extraindo, assim, todos os seus benefícios.

Projetos que são elaborados com base nesse tipo de design tendem a reduzir o estresse,  estimular a criatividade, a empatia e muito mais. E, por isso, o Design Biofílico é destaque na arquitetura em 2022.

Mas, como integrar a natureza e criar estruturas que se integram?

Neste artigo, você vai conferir o que é Design Biofílico, quais são os seus benefícios e como incorporá-lo em seus projetos, sejam eles de arquitetura ou de decoração.

Boa leitura!

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Afinal, o que é o Design Biofílico?

Design Biofílico com Avocatus
Granito Avocatus – Design Biofílico

O Design Biofílico consiste na criação de ambientes que integram harmoniosamente a natureza a construções feitas pelo homem.

Nesse conceito, os projetos são pensados e elaborados tendo como base a sustentabilidade. Por conta disso, muitos incluem pontos como cultivo de jardins verticais, uso de placas solares para produção de energia limpa, sistemas para reaproveitamento de água de chuva etc.

O termo biofílico vem da palavra biofilia, que significa “instinto de conservação”, “amor à vida”. No mundo do design, seu uso é relativamente novo, no entanto, isso não significa que ele já não esteja sendo utilizado há algum tempo.

Em uma pesquisa rápida pela arquitetura mundial, é possível encontrar diferentes construções que já seguiam o Design Biofílico. Um bom exemplo são os Jardins Suspensos da Babilônia, os quais, inclusive, são uma das sete maravilhas do mundo antigo.

Trazendo a aplicação desse tipo de design para os dias atuais, temos o Minhocão de São Paulo (Elevado Presidente João Goulart) que tem um projeto de revitalização assinado por Gregory Bousquet, arquiteto francês sócio-fundador do escritório Triptyque.

A proposta é revitalizar a marquise do Minhocão criando, entre outros pontos, um jardim com plantas suspensas em toda a extensão do seu teto. O objetivo é que essa vegetação filtre a emissão de CO2 produzida pelos automóveis que circulam no elevado.

Esse projeto evidencia que o Design Biofílico vai muito além do que apenas inserir vasos de plantas em um local. Seu propósito verdadeiro é criar ambientes realmente saudáveis para quem os utiliza.

Quais são os benefícios do Design Biofílico?

O Design Biofílico entende e exalta a necessidade de o homem se conectar diariamente com a natureza

Design Biofílico com Avocatus
Banheiro em Design Biofílico com Avocatus

Quanto a isso, vale destacar que, praticamente, passamos 90% do nosso dia em ambientes fechados. No entanto, precisamos da conexão com o que é natural para nos mantermos vivos e saudáveis.

Na contramão dessa constatação, a revolução industrial e as construções cada vez mais modernas, afastaram as pessoas do meio ambiente e de todos os seus retornos positivos.

Porém, a utilização do Design Biofílico — que pode ser aplicado em diferentes ambientes, tais como corporativos, residenciais, escolares, internos e externos —, resgata essa interação entre homem e natureza e traz benefícios como: 

  • redução dos níveis de estresse;
  • redução da pressão arterial e da frequência cardíaca;
  • aumento da sensação de bem-estar;
  • melhora da condição física e mental;
  • aumento do desempenho e da produtividade;
  • estímulo à criatividade;
  • fomento à empatia;
  • aumento da concentração;
  • favorecimento à recuperação da saúde, quando aplicado em ambientes hospitalares.

Como incorporar em um projeto?

São várias as diretrizes que podem ser utilizadas como base para incorporação do Design Biofílico em um projeto.

Stephen Kellert, por exemplo, foi um dos precursores desse tipo de design e definiu inicialmente seis elementos e mais de setenta atributos para a aplicação.

Mas posteriormente, em parceria com a arquiteta Elizabeth F. Calabrese, simplificaram o processo e definiram três pilares para o Design Biofílico, que são: 

  • experiência direta com a natureza: luz, água, plantas, pedras naturais, fogo etc;
  • experiência indireta com a natureza: imagens, simulação de luz natural, formas, entre outros pontos;
  • experiência de espaço e lugar: espaços de transição, mobilidade e orientação etc.

Paralela a essa definição, outros especialistas criaram instruções para a aplicação do Design Biofílico. Um dos mais difundidos vem da Terrapin Bright Green, empresa de consultoria de sustentabilidade.

De acordo com a organização, os 14 padrões desse estilo de design são: 

  1. conexão visual com a natureza;
  2. conexão não-visual com a natureza;
  3. estímulo sensorial não-rítmico;
  4. variação térmica e de fluxo de ar;
  5. presença de água;
  6. luz dinâmica e difusa;
  7. conexão com os sistemas naturais;
  8. formas e padrões biomórficos;
  9. conexão dos materiais com a natureza;
  10. complexidade e ordem;
  11. panorama;
  12. refúgio;
  13. mistério;
  14. risco e perigo.

Seja qual for a metodologia utilizada, é essencial ter em mente que, ao criar um projeto com base no Design Biofílico, o objetivo é conectar os espaços construídos às sensações positivas que só podem ser oferecidas e encontradas na natureza.

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